Foram-se os tempos em que era só chegar a Eva e oferecer a
maçã, e ela corria toda curiosa sem questionar comendo e oferecendo ao Adão,
era fácil manipular os desejos e vontades, talvez com base na inocência. Ou
então era também interessante oferecer uma caixa a Pandora contendo uma “porrada”
de coisas ruins instiga-la a correr o risco e abrir. Era simples fazer
perder-se pela curiosidade.
Vejo acima dois contos com bases em crenças religiosas que
em tese culpam a mulher pela perdição da humanidade. Descordo da afirmativa.
Vejo nas duas estórias uma única premissa: a coragem do chamado sexo frágil.
Coragem que cada vez mais vemos em varias mulheres, que
enfrentam qualquer coisa para que suas ideias e ideais sejam respeitados. Que
batalham pra sustentar filhos, estudam para descobrir curas e lutam contra a
violência.
Trago hoje um exemplo de vencedora, uma mulher que luta a
cada dia contra uma doença. Que mesmo ainda sentindo dores horríveis, ainda se esforça para rir das
minhas piadas mesmo até para aquelas que não tem nenhuma graça, mas mesmo assim
ela ainda ri só para que eu me sinta bem. Essa pessoa que acorda cedo todos os
dias, que faz o café e arruma tudo que consegue antes de que a dor torne impossível
ficar em pé.
Que dedicou sua vida a criar os filhos, que ficou pelo amor
que sentia e pela necessidade de poder cuidar de qualquer coisa que os
machucassem.
Uma mulher que já foi julgada por pessoas que nunca, nem
sequer serão o ser maravilhoso e amável que ela consegue ser. Ela é hoje para
mim um exemplo da força da mulher, ela é um exemplo de humanidade e tenho
orgulho de poder chama-la de mãe.