quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Mulher/Mãe


Foram-se os tempos em que era só chegar a Eva e oferecer a maçã, e ela corria toda curiosa sem questionar comendo e oferecendo ao Adão, era fácil manipular os desejos e vontades, talvez com base na inocência. Ou então era também interessante oferecer uma caixa a Pandora contendo uma “porrada” de coisas ruins instiga-la a correr o risco e abrir. Era simples fazer perder-se pela curiosidade.
Vejo acima dois contos com bases em crenças religiosas que em tese culpam a mulher pela perdição da humanidade. Descordo da afirmativa. Vejo nas duas estórias uma única premissa: a coragem do chamado sexo frágil.
Coragem que cada vez mais vemos em varias mulheres, que enfrentam qualquer coisa para que suas ideias e ideais sejam respeitados. Que batalham pra sustentar filhos, estudam para descobrir curas e lutam contra a violência.
Trago hoje um exemplo de vencedora, uma mulher que luta a cada dia contra uma doença. Que mesmo ainda sentindo dores  horríveis, ainda se esforça para rir das minhas piadas mesmo até para aquelas que não tem nenhuma graça, mas mesmo assim ela ainda ri só para que eu me sinta bem. Essa pessoa que acorda cedo todos os dias, que faz o café e arruma tudo que consegue antes de que a dor torne impossível ficar em pé.
Que dedicou sua vida a criar os filhos, que ficou pelo amor que sentia e pela necessidade de poder cuidar de qualquer coisa que os machucassem.
Uma mulher que já foi julgada por pessoas que nunca, nem sequer serão o ser maravilhoso e amável que ela consegue ser. Ela é hoje para mim um exemplo da força da mulher, ela é um exemplo de humanidade e tenho orgulho de poder chama-la de mãe.