Minha alma se contorce de dor, como um feto abortado em cima desta cama imunda onde já estive deitado varias vezes me entregando a impuridade tua. Assim como ele luta para sobreviver sem o que mais necessita minha alma também luta para que algo de claridade a invada e me retire da escuridão da qual fui aprisionado.
A vida segue como a um presidio, aonde sou frequentemente descartado e direcionado a seguir ordens, como se os algozes que me comandam fizessem isso somente para brincar com minha falta de opções, afinal quem se priva de liberdade está sujeito a viver sob ordens e ameaças sejam reais ou ilusórias.
Do lado de fora de minha cabeça vejo pessoas vagando pelo mundo sem propósito, como se o mundo fosse acometido por um apocalipse e todos viraram zumbis, e é assim como os vejo. seres que já não se importam com o outro somente em satisfazer seus desejos, usando tudo e a todos como forma de recurso, para poder enfim, dizer-se ter uma vida digna. Vida... que vida? isso é vida?
Por mais que tente e me esforce eu não consigo acordar desse transe, esse pesadelo do qual já não sei se estou acordado ou dormindo. tudo parece tão real e ao mesmo tempo tão absurdo. que minha vontade é acordar. me deixe acordar... eu preciso acordar.
sábado, 25 de outubro de 2014
sábado, 31 de maio de 2014
Na janela
Todos os dias caminhava por uma rua e sempre via em uma
janela, um lindo sorriso, porém triste,
olhos perdidos no horizonte a
espera de uma resposta ou de alguma pergunta. Não sabia seu nome ou quem seria,
a única coisa é que me sentia instigado e atormentado por aquela imagem. Mesmo com
tantas coisas eu não conseguia deixar de rotineiramente, passar naquela rua e a
cada dia me sentir mais próximo e distante dela.
Toda vez que virava a esquina naquele ponto deixava a rua
levar meus passos a diante, um pedaço de cerca de cento e poucos metros, nada
importava somente aquela janela. Eu que andava trocando passos com a tristeza e
a solidão me sentia acompanhado naqueles metros preciosos.
Essa mesma cena se sucedeu por semanas e eu criando coragem
para lhe perguntar seu nome, dividir minhas historias com ela, até que decidi,
e durante uma noite ensaiei o que iria falar, estava disposto à manhã seguinte
puxar assunto, nem que fosse por 15 minutos e chegar atrasado no serviço, mas
eu resolveria algo que a semanas me deixava pensativo e sonhador.
Dia seguinte mesmo horário e janela vazia, decepcionado
segui o caminho. Mas um dia e novamente janela vazia e isso ocorreu pelo resto
da semana. Causou-me dor e angustia. “o que teria ocorrido” eu pensava.
Resolvi no ultimo dia útil da semana bater a porta e
perguntar sobre a mulher, entretanto, ao se abrir revelou-se a imagem de uma
senhora com olhos inchados e olhar vazio. Perguntei por onde andava a mulher
que todo dia estava na janela, sem conseguir me olhar nos olhos entregou-me uma
carta e disse: apenas leia meu filho e irá entender.
Meu coração quase parou quando li as seguintes palavras: “
todos os dias eu ia pra janela esperar aquele rapaz passar, seus olhos
brilhavam de um jeito lindo quando me olhava, e eu sei, que olhava para mim. Queria
poder dividir tudo que eu estava sentindo com alguém e ele era a pessoa certa.
Meu coração estava cansado e eu havia encontrado naqueles olhos um descanso,
mas ele nunca parou pra falar comigo. Dia após dia ele só me olhava, deve ser
pelo mesmo motivo dos outros que já me olharam, somente queria minha beleza e
minha juventude. Odiei pensar desse jeito e não suportando mais a dor da
solidão resolvi acabar com a angustia. Espero que entendam que essa escolha eu
que fiz e ninguém deve sofrer por isso. Espero ver vocês em um outro plano e
espero um dia saber quais eram as reais intenções do rapaz que um dia roubou
meu coração com o olhar, adeus”
Tudo perdeu a cor, a graça e o som. Naquele dia, sentei numa
escada qualquer e deixei o tempo me matar...
terça-feira, 29 de abril de 2014
Roma amoR
Eu soube que era amor, um amor que sintetizasse o mais puro
que pudesse ser o sentimento. E mesmo na ausência esse mesmo amor se faz sempre
presente, e eu o sinto todos os dias da minha vida desde o dia que descobri nos
seus olhos e nas suas palavras aquilo que me transbordasse. É isso que penso
sobre amar, não é encontrar alguém que te complete, mas que te transborde de
tudo o que há de melhor em você e com você descobri que isso era possível.
Foram tempos difíceis até entender por que você teve que
partir, mas eu compreendi, e aceitei isso com a alma aberta e o coração
entregue. Te leio quase todos os dias pois isso é o que me mantem esperançoso
de algum dia ver seu retorno para que possamos, enfim olharmos para o passado juntos e fazer um futuro
perfeito.
Ai então encontrarei minha Roma, e descansarei.
terça-feira, 25 de março de 2014
A Raiva
Raiva que no dicionário
significa : Doença
virulenta, transmissível dos animais ao homem, caracterizada por fenômenos de
excitação, e seguida de paralisia, e finalmente da morte. (Pasteur descobriu a
vacina contra a raiva.) (Sin.: hidrofobia.) Irritação violenta, furor: escumar
de raiva. Ódio: ter raiva de alguém. Sinônimo de raiva: cólera, gana, ira, malquerença, odiosidade, ódio, rancor e
sanha.
Uma pequena palavra com muitos
significados e uma catastrófica habilidade: destruir.
Quem nunca disse sobre sí que em um
momento de raiva se perde o controle? Pois é verdade. Outro dia em um papo com
um grande amigo cheguei a conclusão de que sentir raiva nos leva a ter
comportamentos psicopáticos. Um exemplo:
você é pai/mãe, e ama muito seu filho (sim porque no mundo de hoje vale frisar
que amor de pai e mãe deixou de ser incondicional, salvo exceções) e um sujeito
abusa, espanca e mata sua criança. Neste cenário horrendo que possa estar em
sua mente, bate aquela pressão no peito uma angustia e raiva vai te dominando e
então BOOM, você explode. Se
você tivesse a chance de se vingar, o que você faria? Amaria o agressor de sua
inocente cria? Desejaria que ele ficasse em um lugar recebendo comida, e no máximo em 10 anos
estar em liberdade? Ou faria o que muitos chamam de justiça com as próprias mãos?
Sabemos que na segunda possibilidade você estaria no lugar de réu e na primeira
é como funciona o nosso querido sistema penal.
Eu quis ilustrar um cenário que
representasse a forma como a raiva
consegue ser soberana e começa a controlar nossas atitudes, não estou
fazendo apologia a nada.
Muitas vezes tento poder controlar a
raiva em mim, ser considerado uma pessoa tranquila, mas em mim existe algo
cruel e desprezível, que deveria morrer, mas eu gosto dele como gosto de todas
as partes que fazem eu ser quem sou hoje. O que nos cabe diante disso é
direcionar o foco dos sentimentos as situações corretas. Cada qual momento com
sua dose de sentimentos para enfim se compreender e viver.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Mulher/Mãe
Foram-se os tempos em que era só chegar a Eva e oferecer a
maçã, e ela corria toda curiosa sem questionar comendo e oferecendo ao Adão,
era fácil manipular os desejos e vontades, talvez com base na inocência. Ou
então era também interessante oferecer uma caixa a Pandora contendo uma “porrada”
de coisas ruins instiga-la a correr o risco e abrir. Era simples fazer
perder-se pela curiosidade.
Vejo acima dois contos com bases em crenças religiosas que
em tese culpam a mulher pela perdição da humanidade. Descordo da afirmativa.
Vejo nas duas estórias uma única premissa: a coragem do chamado sexo frágil.
Coragem que cada vez mais vemos em varias mulheres, que
enfrentam qualquer coisa para que suas ideias e ideais sejam respeitados. Que
batalham pra sustentar filhos, estudam para descobrir curas e lutam contra a
violência.
Trago hoje um exemplo de vencedora, uma mulher que luta a
cada dia contra uma doença. Que mesmo ainda sentindo dores horríveis, ainda se esforça para rir das
minhas piadas mesmo até para aquelas que não tem nenhuma graça, mas mesmo assim
ela ainda ri só para que eu me sinta bem. Essa pessoa que acorda cedo todos os
dias, que faz o café e arruma tudo que consegue antes de que a dor torne impossível
ficar em pé.
Que dedicou sua vida a criar os filhos, que ficou pelo amor
que sentia e pela necessidade de poder cuidar de qualquer coisa que os
machucassem.
Uma mulher que já foi julgada por pessoas que nunca, nem
sequer serão o ser maravilhoso e amável que ela consegue ser. Ela é hoje para
mim um exemplo da força da mulher, ela é um exemplo de humanidade e tenho
orgulho de poder chama-la de mãe.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
L.U
Ouvindo Renato
Russo as coisas ficam claras, mas em minha mente tudo é meio obscuro.
Eu não entendo por
que é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanha
Creio que
ainda não sou a perfeição e assim também celebro a estupidez humana. Como num
castelo de cartas marcadas eu vou pensando quanto tempo foi perdido, para que pudéssemos
ver que o mundo esta doente.
Se pegar a
essência o amor dito seria algo como o encontro de duas pessoas totalmente
diferentes que passam a se encontrar todo dia e a cada dia o sentimento
crescer. Talvez por esse lado, eu sei que seria possível disseminar o amor.
Sem esperar
que o sol bata na janela do quarto, pois há tempos que perdemos o tempo e tempo
perdido não volta, o vento leva sempre embora.
Não tenha
medo de ser quem você é não seja mais do mesmo, sempre que possível dê aquele
sorriso bobo parecido com um soluço, lembre-se de ser sempre destemido diante
da dificuldade ou até mesmo temido, por usar sempre a verdade.
Desenhe na calçada
com um tijolo de construção o sol que ira voltar amanhã para que tudo possa
recomeçar e você possa fazer um filme de sua própria vida. Eu ainda não sei
como se diz eu te amo a todas as pessoas, também não sei quem inventou o amor,
mas isso não vem ao caso, entendo bem o que um coração partido pode causar, mas
não vou fugir desta dor.
Quase sem
querer ando distraído e no turbilhão de pensamentos, sabendo que quando tudo
está perdido sempre existe uma luz, mas eu não me perdi, pois ainda é cedo para
desistir, pois somos tão jovens pra isso. Obrigado mas me deixe aqui quieto,
não me dê atenção e obrigado por pensar...
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Adaptar-se
Tudo ou quase tudo na vida, é uma questão de adaptar-se. Pegamos a evolução como exemplo: ou as espécies se adaptavam a condição climática e ao ecossistema ou morriam. Essa é a questão biológica da adaptação, porém para nós seres racionais existe as variações afetivas e sociais.
As sociais implicam com condições financeiras e também com cargo hierárquico numa empresa, é preciso adaptar-se as condições impostas para que possa desenvolver suas habilidades e assim evoluir na área social. Porém a afetiva é pesada, é preciso aceitar as pessoas, e conviver com as diferenças. É necessário saber se apegar e conviver, no caso, com a ausência de determinadas pessoas.
Eu creio que estou passando pelos 3 tipos de adaptações citados, recentemente me despedi de um lugar que me ensinou muitas coisas boas e ruins mais ótimos aprendizados, denominado terra da garoa, lá deixei um passado, parentes e amigos, para tentar uma vida melhor no interior. Muitos dizem que foi uma ótima escolha, e isso o tempo dirá.
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