sábado, 30 de novembro de 2013

O Momento


Quantas vezes você parou para admirar a lua? Quantas vezes você vislumbrou a dança das árvores com o vento em suas copas?
Com o mundo tecnológico a todo vapor, nós, humanos,  estamos perdendo a habilidade de admirar um crepúsculo, pois temos imagens belíssimas no GOOGLE  e com isso, acabou-se a vontade  de ir em determinados lugares só para ter a emoção de uma cena única.
Estamos perdendo a vontade de escrever cartas, mandar e-mail é mais rápido e gera menos esforços. Não me venha com a desculpa de que e-mails são ecologicamente corretos, pois papel pode ser reciclado e ligar seu computador gera mais problemas.
Olhe meu mau exemplo, escrevendo em um blog, mas, não ligo em ser hipócrita neste aspecto, ao menos admito que estou errando e afirmo que não irei parar tão cedo.
Redes sociais, sou extremamente viciado. Ela nos inibe de mantermos relações mais humanas. Hoje se você sente falta de alguém, inicia-se o bate papo online. Não há mais encontros e rodas de amizade em lugares físicos (sim há exceções), mas a vídeo conferencia impera em varias ocasiões.
Hoje as conversas se limitam em: “ Oi tudo bem? Novidades? Estou saindo me mande um whatsapp. As pessoas reclamam da solidão sem perceber que o mundo e elas mesmas se anulam.
Como apelo e dica eu digo: nunca deixe que seu computador ou a tecnologia ao redor o consuma. E lembre-se que o momento mais importante da sua vida é o minuto presente em que se respira.

sábado, 23 de novembro de 2013

Paz consciência.

Sempre defendi a tese que a arte de viver está em todas as experiências que possuímos, sejam elas boas ou ruins. Cada historia que passa na sua vida te deixa uma mensagem, positiva ou negativa, basta você saber interpretar e aprender com ela.
Quantas vezes você consegue olhar para traz sem rancor de nada? Aposto e ganho, dizendo que todos tem ao menos um arrependimento na vida, o arrependimento de não ter escolhido a um lugar, ou de dizer algo apropriado no momento ou até mesmo de não ter se respeitado o suficiente para impor suas vontades.
Como a maioria, eu tenho meus arrependimentos por muito dos motivos acima, e ainda hoje me arrependo às vezes, mas, com menos frequência de alguns anos atrás. Com o tempo fui aprendendo a viver, ainda falta muita coisa a ser aprendida.
Eu ainda olho a maioria das minhas historias com rancor, ainda me culpo e culpo outras pessoas por alguns fracassos. Estou errado? Somente eu e minha verdade podemos responder a isso e sim acho que estou errado.  Sou conformado com isso? Sim, pois o que já foi escrito não pode se apagar porem me policio para que eu não escreva duas vezes a mesma historias, e assim, não tenha os mesmos erros que tive.
Não prego a perfeição, mas prezo pela paz consciência. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Olhos

De algum lugar de São Paulo dois olhos estão a observar o movimento e o cotidiano da vida.
Meio cansados, às vezes força a vista para que possa ter certeza de que, aquilo que viu, é verdade ou ilusão. Dois olhos que dizem muito a respeito de si próprio, basta saber decifrar nas suas cores verdes os segredos de uma alma livre.
De outro lugar, porém, dois olhos castanhos  buscam a verdade daquele olhar, roubando para si mesmo, algo que a muito tempo não possui, o amor.
A sabedoria vista nesse olhar não se remete apena a uma existência, mas sim, a uma infinidade de vidas e fracassos. Olhos que muitas vezes se enganaram, vendo ouro aonde somente havia pedras sem valor.
Algo os unia na mesma direção, como se buscassem um ao outro no meio dos prédios e arranha-céus na selva de pedra, algo que muitos denominam coincidência aonde na certeza existia destino.

Muitas vezes tudo o que precisamos é de uma luz que possa nos guiar até as respostas corretas, essa luz as vezes é apenas um reflexo de algum olhar que busca o seu. Não importa cores dos olhos para que a luz seja brilhante e incandescente ao coração, cada qual par de olhos sempre terá o seu reflexo nos olhos de outrem. Sempre deixe bem seus olhos abertos para que a vida lhe de a surpresa de um olhar que busca um dia encontrar o seu.

sábado, 16 de novembro de 2013

Raízes no Coração

“É uma operação de risco, e o senhor sabe bem disso”.  “Faça”, respondi, e assim foi feito.
Meus olhos cansados pelas cenas que viu, agora se fechavam.  Meu corpo somente sentia o frio da sala de operação, e eu enfim teria algo que sempre busquei,  a paz. Esse processo começou quando a conheci, e eu mal sabia isso iria mudar minha vida.
Um esbarrão na estação de metro mais lotada da cidade, um pedido de desculpa e uma paixão a primeira vista avassaladora. Sim isso é algo que pensava ser impossível aconteceu. A primeira coisa que me lembro dela foram seus olhos, castanhos esverdeados, em segundo plano seu rosto irritado por ter se espalhado no chão todas suas coisas. Ajudei-a pegar e recolher cada pedaço de papel que fora chutado pela multidão, e nada mais justo ofereci um café, ela relutante aceitou.
Eles injetam algo pelo cateter e sinto o braço  gelando, minha memoria falha, um cochilo? Não é a sedação.
Nos últimos minuto que tive de sanidade lembrei-me de dias felizes e triste que tive com ela a partir daquele café, cada emoção, cada história, eu sentirei falta desses dias. Por fim veio a lembrança de porque estava ali, porque pedi ajuda médica. Da mesma maneira que surgiu para mim acabou para ela. Suportar sua perda,  não estava sendo fácil, então soube de uma clinica que” roubava lembranças” e pedi que a arrancasse ela e suas raízes do meu coração.

“Feito, acorde senhor”,  despertei  e chorei pois nesta cirurgia descobri que por mais fantasioso que seja a frase : não da pra tirar da cabeça o que não sai do coração. Fazia um sentido imenso, infelizmente eu ainda a amava...