quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Olhos

De algum lugar de São Paulo dois olhos estão a observar o movimento e o cotidiano da vida.
Meio cansados, às vezes força a vista para que possa ter certeza de que, aquilo que viu, é verdade ou ilusão. Dois olhos que dizem muito a respeito de si próprio, basta saber decifrar nas suas cores verdes os segredos de uma alma livre.
De outro lugar, porém, dois olhos castanhos  buscam a verdade daquele olhar, roubando para si mesmo, algo que a muito tempo não possui, o amor.
A sabedoria vista nesse olhar não se remete apena a uma existência, mas sim, a uma infinidade de vidas e fracassos. Olhos que muitas vezes se enganaram, vendo ouro aonde somente havia pedras sem valor.
Algo os unia na mesma direção, como se buscassem um ao outro no meio dos prédios e arranha-céus na selva de pedra, algo que muitos denominam coincidência aonde na certeza existia destino.

Muitas vezes tudo o que precisamos é de uma luz que possa nos guiar até as respostas corretas, essa luz as vezes é apenas um reflexo de algum olhar que busca o seu. Não importa cores dos olhos para que a luz seja brilhante e incandescente ao coração, cada qual par de olhos sempre terá o seu reflexo nos olhos de outrem. Sempre deixe bem seus olhos abertos para que a vida lhe de a surpresa de um olhar que busca um dia encontrar o seu.

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