De algum lugar de São Paulo dois olhos estão a observar o
movimento e o cotidiano da vida.
Meio cansados, às vezes força a vista para que possa ter
certeza de que, aquilo que viu, é verdade ou ilusão. Dois olhos que dizem muito
a respeito de si próprio, basta saber decifrar nas suas cores verdes os segredos
de uma alma livre.
De outro lugar, porém, dois olhos castanhos buscam a verdade daquele olhar, roubando para
si mesmo, algo que a muito tempo não possui, o amor.
A sabedoria vista nesse olhar não se remete apena a uma existência,
mas sim, a uma infinidade de vidas e fracassos. Olhos que muitas vezes se
enganaram, vendo ouro aonde somente havia pedras sem valor.
Algo os unia na mesma direção, como se buscassem um ao outro
no meio dos prédios e arranha-céus na selva de pedra, algo que muitos denominam
coincidência aonde na certeza existia destino.
Muitas vezes tudo o que precisamos é de uma luz que possa
nos guiar até as respostas corretas, essa luz as vezes é apenas um reflexo de
algum olhar que busca o seu. Não importa cores dos olhos para que a luz seja
brilhante e incandescente ao coração, cada qual par de olhos sempre terá o seu
reflexo nos olhos de outrem. Sempre deixe bem seus olhos abertos para que a
vida lhe de a surpresa de um olhar que busca um dia encontrar o seu.
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