segunda-feira, 7 de setembro de 2009


Madrugada, telefone toca, a voz diz: preciso de você agora. São 3 da manha noto dor e desespero nas palavras, pergunto o que estava acontecendo e tenho a resposta: estou perdendo o bebe.
A mesma dor e desespero me invade, sem condições de ir até ela minha vontade é de me jogar ao telefone, tento acalmá-la mais os choros de dor entorpecem meus sentidos me deixando sem ar.
me ajuda, não me abandone fala a voz ao telefone. Saio correndo pego o primeiro táxi. Subo as escadas bato a porta e ninguém me atende. Dominado de medo berro seu nome desesperado a porta se abre, ao chão da sala uma pequena poça de sangue, e ela ao canto chorando compulsivamente. Seus belos olhos vermelhos, seus lábios sussurram, eu perdi o nosso filho. Então tudo perde o som. Limpo a sala dou-lhe um banho troco a roupa a deito e abraçado a ela o som voltou, e eu chorei.

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