sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Não fazia tanto tempo desde sua morte. Para mim as lembranças são tão frescas que parece que foi ontem.
Ainda que eu tentasse entender o “por que” de tudo, mal conseguia compreender a noção de estar sozinho.
Ao menos era assim que me sentirá desde sua partida. Como se nada mais tivesse sumo importância.
Talvez palavras hoje me consolam, ou até mesmo, um olhar de ternura. Mas não, eu ainda lembrava de meu herói sem ter ninguém para enxugar minhas lagrimas.
O banco duro e frio da igreja foi, até agora, associei a minha vida agra, vazia e nula. Queria eu acreditar que tudo aquilo não passava de um sonho ou uma brincadeirinha sem graça.
A missa começa e minha mente viaja. Nela sobressai a imagem do grande prédio amarelo no H.C.
Passeio entre os corredores até chegar ao quarto, quando entro sou saudado com um enorme sorriso que meu herói deu-me de presente, quando corro para lhe abraçar a mente retorna com tudo e novamente sinto a gelidez do bando e da minha solidão.
Enfim a dura e cortante realidade dilacera meu coração como uma navalha. Por mais que eu esteja sofrendo, solitário e sentindo saudade, nada mudará os fatos, meu herói não ira voltar a respirar, e eu nunca mais terei novamente seu carinho e abraço.
Hoje entendi que ele não mais respira mais vive eternamente em meu coração.
Em sonho ainda o vejo debilitado na cama do hospital, mas mesmo assim, ainda é meu super herói

Um comentário:

  1. Amigo!

    “Ao final de cada dia, mês ou ano e nas estações que se renovam, percebo o recado
    de que tudo aqui é passageiro. As alternâncias de morte e vida,deixam saudade e reacendem esperança com desejos de eternidade.
    Vou, então, aprendendo a silenciar mais e a andar confiante em sintonia com a vida, nos passos do Criador”.
    Bjoks carinhosas da loirinha poetisa, sua nova amiga!

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